No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), fato que vem mudando a vida das pessoas em todo o mundo. Vale ressaltar que essa classificação não se deve à gravidade da doença, e sim à disseminação geográfica rápida que o COVID-19 tem apresentado. Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais, sendo que a maioria das infecções em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas do resfriado comum. No  entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco (idosos, crianças, pessoas com doenças de base, etc).

DIANTE DESSE CENÁRIO, COMO PROTEGER SEU ORGANISMO DO CORONAVÍRUS?

1. Medidas básicas de higiene.

Lave bem as mãos! É simples e fácil, mas não deve ser rápido! Lave unhas, dedos, palma, dorso, punho e antebraço, de ambas as mãos, nessa sequência, com cuidado e atenção. Utilize água e sabão. Seque, preferencialmente, com toalhas de papel descartáveis. Faça isso várias vezes ao dia (especialmente em tocar em pessoas ou objetos possivelmente contaminados – não se esqueça que dinheiro, máquinas de cartão de crédito e celulares são alguns deles!).

Use álcool gel quando impossibilitado de lavar as mãos. O álcool gel é um excelente aliado da higiene das mãos, porém lembre-se que o seu uso não é mais eficaz que uma boa lavagem de mãos com água e sabão. Como as mãos podem ser responsáveis por deslocar os microrganismos presentes nas superfícies (dos objetos ou de outras pessoas) para o nosso rosto e mucosas, via de entrada do vírus em nosso organismo, a higienização das mãos se torna essencial para evitar a virose, uma vez que o coronavírus é revestido por uma camada de gordura que o protege e que, quando a mesma se coloca em contato com sabão ou álcool, por exemplo, se dissolve, matando o vírus.

2. “Etiqueta respiratória”.

Utilize lenços descartáveis para higiene nasal e descarte o material em local apropriado.

Cubra a boca ao tossir ou espirrar com um lenço de papel, e descarte-o após o uso em local apropriado. Caso não possua um lenço, cubra a boca com o antebraço, não com as mãos.

3. Evite tocar seu rosto quando suas mãos não estiverem higienizadas.

4. Evite aglomerações e prefira estar em casa. O contágio pelo COVID-19 se dá através de gotículas de saliva, espirros, tosse, contato próximo com pessoas e superfícies contaminadas, de forma que a melhor opção nesse momento é evitar se expor saindo de casa.

5. Mantenha os ambientes ventilados.

6. Não compartilhe objetos pessoais e evite cumprimentos que envolvam contato físico. 

7. Higienize louças e roupas com maior frequência (recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos). Destaca-se que é importante separar louças e roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível lavar.

COMO PROTEGER OS DEMAIS DO CORONAVÍRUS?

1. Aplique as medidas de proteção pessoal informadas acima. Se proteger também é proteger os demais.

2. Evite contato com pessoas vulneráveis. Pessoas idosas, diabéticas, hipertensas, cardiopatas, portadoras de doença renal ou respiratória crônica são mais vulneráveis à contaminação pelo COVID-19 e à maior gravidade dos sintomas quando infectadas. Sua visita pode ser bem intencionada, porém você pode estar levando o vírus para mais próximo dessas pessoas. Infelizmente, nesse momento o distanciamento dos vulneráveis é a maior demonstração de amor que você pode oferecer aos seus entes queridos.

3. Não estoque álcool gel e máscaras descartáveis. Esses materiais são muito importantes para alguns grupos específicos de pessoas, como profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus. Ter grandes quantidades desses materiais em casa não te deixará mais seguro e certamente exporá outros a risco evitável.

4. Não utilize os serviços de saúde sem real necessidade. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que só deve ir ao hospital quem estiver se sentindo muito mal, com sintomas mais graves como dificuldade para respirar e febre alta (a partir de 39°C). O objetivo é evitar que a pessoa sobrecarregue o (já sobrecarregado) sistema de saúde de maneira desordenada e que ela contamine ou seja contaminado por coronavírus (caso não esteja infectada) ou por outros microrganismos. Se apresentar sintomas de gripe leve ou resfriado, a recomendação é ficar em casa. Vale ressaltar que o atendimento de urgência e emergência abrange muito mais que pacientes com coronavírus e a sobrecarga do sistema inviabiliza atendimentos que são indispensáveis para salvar vidas.

As medidas de proteção biológica da infecção pelo Coronavírus, como se pode observar, são simples e exigem pouco esforço de cada um para serem cumpridas. Entretanto, há um outro aspecto extremamente importante que vem sendo afetado nesses tempos de pandemia – nossa esfera psicológica. A brusca ruptura da rotina e o alarmismo generalizado (por vezes justificado, por vezes não), somados ao (necessário) imposto isolamento social têm vulnerabilizando a saúde mental de boa parte das pessoas. Seja entre aqueles que estão “encarcerados” em casa, seja entre os corajosos profissionais que estão se expondo à infecção para salvar outras vidas, têm sido relatados inúmeros episódios ansiosos e/ou depressivos, o que é de se esperar dado o contexto desfavorável que vivemos. Tendo isso em mente, comentaremos agora sobre esse tema, de nítida importância, e possivelmente, de maior dificuldade de manejo:

COMO PROTEGER SUA MENTE DA PANDEMIA COVID-19?

1. Não acredite e não espalhe fake news. Verifique as fontes das informações que recebe antes de crer no que está lendo / vendo e, principalmente, antes de repassar a informação para outras pessoas. Muitas informações alarmistas e mentirosas têm sido divulgadas sem qualquer controle – seja um filtro. Também evite seguir recomendações de prevenção não divulgadas ou ratificadas por órgãos de saúde reconhecidos, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), entidades do governo (Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde), ou ainda revistas do ramo respeitadas mundialmente (Nature, The Lancet, etc), pois as medidas propostas podem ser perigosas para a sua saúde.

2. Aproveite o tempo da melhor forma possível. Não deixe o temor e o tédio te vencer! Use o tempo que surpreendentemente se colocou disponível para realizar projetos há tempos engavetados e compartilhar com aqueles que vivem com você. Enxergue esse momento como uma oportunidade nesse sentido.

3. Use a tecnologia a seu favor. Estar fisicamente longe não impede que estejamos emocionalmente perto. Utilize as ferramentas tecnológicas para conversar e se aproximar de pessoas queridas. O fortalecimentos de vínculos, mesmo que feito de forma virtual, lhes ajudará a se sentirem emocionalmente mais estável.

4. Busque formas de ajudar. Não são apenas os profissionais de saúde que podem ajudar no combate à pandemia. Essas pessoas, como todos, precisam de recursos para trabalhar. Doar alimentação, emprestar camas, oferecer espaços, prestar serviço voluntário, etc, para serviços de saúde podem propiciar recursos importantes nesse momento.

Faça a sua parte! Vamos enfrentar essa situação juntos!

Clínica Medscan, sempre cuidando de você!